Por que o Bitcoin cresceu tanto?

Por que o Bitcoin cresceu tanto?

O Bitcoin, a criptomoeda mais famosa e valiosa do mercado de ativos digitais, continua a intrigar muitos com seu alto valor, mesmo em tempos de baixa. Mas como essa moeda virtual atingiu tal valor? E por que ela vale tanto? Vamos desvendar essas questões.

A precificação do Bitcoin é resultado de uma série de fatores. Como não é criado por um Banco Central ou governo, que normalmente são responsáveis por alterar o valor de uma moeda fiduciária devido à inflação, crescimento econômico e outros fatores, o preço do Bitcoin depende exclusivamente das forças do mercado. Portanto, a oferta e a demanda são fatores fundamentais para o Bitcoin. Quanto mais pessoas estiverem interessadas, maior o preço. Por outro lado, se muitas pessoas decidirem vender, mais moeda estará disponível no mercado e menos ela valerá1.

Diferentemente da moeda fiduciária, o Bitcoin é criado pelo poder de computação que valida as transações e cria novos Bitcoins para circulação. No entanto, a criptomoeda é finita: a tecnologia é criada para minerar apenas 21 milhões de Bitcoins. Isso não pode ser alterado. Estima-se que o último Bitcoin será minerado até o ano de 21401.

Fatores externos também podem influenciar o preço da moeda. Por exemplo, no ano passado, o bilionário Elon Musk anunciou que a Tesla aceitaria o Bitcoin como forma de pagamento, fazendo o ativo disparar. Essa oscilação está relacionada com a perspectiva do mercado de haver, no futuro, um aumento da demanda. Além disso, o custo de mineração e as regulações também podem afetar o preço1.

Atualmente, um Bitcoin vale cerca de US$ 19 mil – ou R$ 103 mil. A moeda passou por uma forte desvalorização e hoje enfrenta o chamado “inverno cripto“. Para se ter uma ideia, em outubro de 2021, o Bitcoin atingiu seu maior valor de mercado, ultrapassando a marca de US$ 66 mil1.

Mesmo passando por um período de baixa, o Bitcoin continua valendo um bom dinheiro. “Por ser emitido pela mineração, é quase como uma busca por ouro. Você não consegue encontrar em qualquer lugar, o que torna a moeda tão importante. Além do limite de produção, ainda tem a questão do FOMO (do inglês fear of missing out), que gera nos investidores a sensação de estar ‘perdendo algo’ e medo de ficar de fora desses ativos”, explica Guilherme Bento, sócio e analista de criptomoedas da Acqua Vero Investimentos1.

Ao ser criado, em 2009, o valor de mercado do Bitcoin era muito baixo. A moeda foi se valorizando a partir do interesse das pessoas, o que automaticamente aumentou a demanda. “Em 2010, uma pessoa trocou 10.000 BTC por duas pizzas. Essa pessoa achou que estava fazendo um bom negócio na época. Mas, hoje, 10.000 BTC seria igual a R$1 bilhão”, destaca Isabela Rossa, Country Manager da Coin Cloud1.

Segundo a especialista, quanto mais as pessoas aprendem sobre a moeda e a tecnologia por trás dela, mais adesão ela ganha no mercado. Na visão dos especialistas, o Bitcoin pode valorizar mais. “Vimos uma alta histórica em 2021, com preço médio de US$ 64 mil e, atualmente, o preço médio está em US$ 20 mil. Segundo Guilherme, da Acqua Vero Investimentos, a queda recente do Bitcoin pode ser boa para o futuro. “Muitos analistas enxergam esse inverno cripto com bons olhos. O investidor de longo prazo, que segura a moeda, pode se beneficiar”, aponta1.

Para investir em criptomoedas de maneira inteligente, é importante conversar com especialistas no assunto, como o minerador de Bitcoins, o brasileiro Ray Nasser. Ele é formado em economia e finanças pela Babson College (EUA), é minerador desde 2015 e atualmente é trader de criptomoedas1.

Em resumo, o valor do Bitcoin é determinado por uma combinação de fatores, incluindo oferta e demanda, limitações na produção, influência de eventos externos e a percepção do mercado. Embora o valor possa flutuar, o Bitcoin continua a ser uma criptomoeda valiosa e influente no mercado de ativos digitais.

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