As eleições legislativas antecipadas na França, realizadas neste domingo, foram marcadas por uma participação excepcionalmente alta, a maior em décadas. O Reagrupamento Nacional (RN), partido de extrema direita liderado por Marine Le Pen, emergiu como o mais votado no primeiro turno, conquistando 35% dos votos, de acordo com as estimativas iniciais.
A Nova Frente Ampla, uma coalizão de esquerda, obteve 28,1% dos votos, enquanto a coalizão governista de Emmanuel Macron ficou em terceiro lugar com 20,3%. Diante desse cenário, Macron fez um apelo por uma aliança ampla e democrática para enfrentar o RN no segundo turno, destacando a importância da alta participação como um sinal de desejo de clareza política no país.
O sistema eleitoral francês, que divide o país em 577 círculos eleitorais, prevê um segundo turno caso nenhum candidato alcance a maioria simples no primeiro turno. As estimativas indicam que entre 65 e 85 candidatos foram eleitos diretamente, enquanto o restante das circunscrições terá um segundo turno, com disputas envolvendo dois ou até três candidatos.
O Reagrupamento Nacional está qualificado para o segundo turno em até 430 círculos eleitorais, enquanto a Nova Frente Ampla estará na disputa em até 410 círculos. A coalizão de Macron, Juntos, terá entre 290 e 330 candidatos no segundo turno.
Essas eleições são vistas como um termômetro para o futuro político da França, com um alto grau de incerteza sobre os resultados finais e a composição do próximo governo.